terça-feira, 9 de março de 2010

Mobilidade e Urbanismo

Culturas de Mobilidade e Urbanismo

Eu sou Osvaldo Emanuel Ferreira Anjos, nasci no Vimeiro, concelho da Lourinhã, Distrito de Lisboa.
Depois de ter terminado o 9ºAno de escolaridade quis ir trabalhar, trabalho esse que era caixilharia civil e ficava no Vimeiro, eu gostava muito de caixilharia civil, cativava-me, eu tinha gosto e queria sempre aprender cada vez mais.
Nós viajamos muito dentro do País, Alentejo, Porto, Lisboa, etc… assim ficávamos a conhecer um pouco de cada cultura e ficávamos a saber como ir a várias zonas do País.
Este meu 1º trabalho era bom demais, mas falhava num aspecto, o facto de eu não puder estar na caixa, portanto não estava a trabalhar legalmente e além do mais recebia pouco e nestas condições não queria continuar e pus-me a sonhar e decidi através de anúncios, jornais, amigos e o facto de em criança já sonhar com tropa, ir para o exército.
No dia 18 de Abril de 2005 ingressei no exército no quartel de Abrantes e comecei a recruta.
Esta Migração assustou-me um pouco, mal cheguei ao quartel encontrei muitas pessoas e de sítios diferentes e maneiras de falar diferentes, e encontrei militares com um certo nível de poder que só nos faziam sentir em baixo, porque diziam que nós não valíamos nada e que não conseguiríamos passar na recruta.
Os primeiros dias foram difíceis porque tivemos de rapar o cabelo, tivemos de nos habituar a rigorosas regras, e acordar cedo e deitar tarde devido aos intensivos treinos que fazíamos dia-a-dia.
Todo o sofrimento que passei na recruta fez-me querer vencer na vida.
Acho que ter migrado para outro lugar fez-me bem, amadureci, aprendi a resolver os problemas da vida sozinho.
O que acho importante também foi o facto de conhecer novas pessoas, porque quando estava na aldeia conhecia poucas pessoas e era um pouco fechado ao mundo, assim conhecendo novas pessoas desprendi-me um pouco e conheci novas maneiras de pensar, assim também me enriqueci um pouco culturalmente.
Depois de estar em Abrantes onde fiz recruta, fui para Lisboa, fiquei um pouco atrapalhado porque não estava habituado a tanta confusão e sendo eu menino da aldeia iria ser um pouco difícil, mas com o tempo fui-me habituando e conheci ainda mais pessoas e aprendi a circular dentro de Lisboa e sento que não me faltava nada, porque nesta cidade (Lisboa) tinha tudo à mão.
Nesta cidade onde me encontro hoje sei que tenho algumas condições, tenho mais oferta de trabalho, tenho escola perto do trabalho, tenho vários lugares de lazer, onde me posso divertir, descontrair, etc…, esses lugares são, bares, cinemas, pavilhões de desporto, etc… Tudo isto há em grandes quantidades, coisa que na aldeia não há em excesso.
Acho que por vezes é bom as pessoas migrarem porque podem abrir os seus horizontes e podem ter mais oportunidades na vida, e também podem amadurecer mais na vida.

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